A pequena Caroline Pereira da Silva, de 10 anos, é portadora da Síndrome de Dravet, uma forma rara de epilepsia. Família conseguiu na justiça autorização judicial para fazer o cultivo em casa
Com crises que passavam de mais de 50 por dia, a pequena Caroline conseguiu ter uma vida mais saudável com o uso medicinal da maconha. A mais de 1 ano e 8 meses, ela vem usando o óleo extraído da maconha para controlar as crises epiléticas provocadas por uma síndrome rara, a Síndrome de Dravet.
A família conseguiu na justiça uma autorização para fazer o cultivo em casa e desde de 2019 faz o plantio no quintal da casa.
“Nessa quarentena, com mais tempo, a gente está tendo tempo pra ver os avanços dela. Nos chama muito a atenção que ela está correndo, antes ela não brincava. Deu nome para as bonecas, tira febre, diz que não aguenta mais o coronavírus, que quer sair pra passear. Hoje, ela tem noção de tudo que está acontecendo. Jamais imaginamos isso", conta a mãe Liane Pereira.
Para comemorar os 20 meses sem convulsões, a mãe da menina postou uma foto com a filha segurando uma muda da maconha e um cartaz onde explica o quanto o novo medicamento mudou a sua vida.
Caroline Pereira da Silva, de 10 anos, com uma muda de maconha e um cartaz onde explica como o uso diário do óleo artesanal mudou a sua vida. — Foto: Arquivo pessoal
“Com o óleo artesanal ela não tem mais crises. Teve muitos avanços, ela consegue se alimentar só pela boca. Nós doamos a cadeira de rodas dela porque não usa mais. Consegue caminhar, conseguimos tirar as fraldas também. Hoje em dia ela brinca, conversa, tudo o que não fazia antes.”
Outro ponto positivo para Caroline foi a diminuição do número de anticonvulsivos por dia, que chegava a ser de cinco, mas agora só precisa de um.
No Brasil, já são 34 famílias que tem a autorização na justiça para usar a maconha de forma medicinal. Apesar do sucesso no tratamento, infelizmente a família ainda sofre preconceitos por causa do cultivo.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprova a venda de medicamentos a base de derivado da Cannabis Sativa, desde do fim do ano passado, mas o cultivo ainda é proibido.
Com informações do G1
Comentários
Postar um comentário